Com a
evolução rápida da internet, as necessidades começaram a aparecer e com elas as
soluções para todos esses desejos da sociedade.
Vieram
suprindo as necessidades primeiro das pessoas jurídicas e depois das físicas, e
aí sim, o grande "boom".
Vieram as
novas gerações que não tinham medo de manusear esse objeto tão diferente que é
o computador.
E para os
pais suprirem um pouco essa ausência, por conta da correria desse mundo
globalizado, com trabalho, estudos e deveres de casa para se manter. Foi
tentando preencher essa ausência com brinquedos, aparelhos eletrônicos (vídeo
game, computador e celular) e jogos, para poder distrair e ocupar o tempo sem
sentir a falta de certa forma.
Através de jogos, desenvolvem nos
alunos maiores habilidades de leitura e compreensão, bem como o pensamento
crítico. Os resultados também sugerem que os jogos promovem o desenvolvimento
social, tanto durante os exercícios em classe quanto quando usado apenas para
diversão GAMELEARNING.
Os jogos tangíveis influenciaram
muito na construção desses jogos online, mas sempre melhorando e colocando
diferenciais para atrair e fidelizar o internauta a sempre voltar naquele
determinado site.
Apesar da popularidade dos jogos
eletrônicos entre estudantes e mesmo entre educadores, muitas barreiras
bloqueiam sua ampla aceitação e o bom aproveitamento de suas potencialidades na
escola.
Três pilares são fundamentais
para o sucesso na utilização dos jogos nas escolas: educadores preparados,
estrutura escolar e planejamentos adequados, e boa variedade e qualidade de
jogos à disposição. Sem esses pilares, a experiência educacional com o uso de
jogos pode gerar resultados frustrantes.
Malone (1981) oferece várias
sugestões para proporcionar desafio e curiosidade num jogo educativo:
* Jogos a fim de que os jogadores
possam aumentar ou diminuir a dificuldade para atender suas habilidades e
interesses.
* Ofereça alguma forma de medir o
sucesso dos jogadores, para que eles saibam como estão progredindo na
atividade.
* Ofereça feedback de forma clara
sobre a performance do jogador.
* Ofereça algum nível de escolha
para os jogadores.
A qualidade do jogo educativo
também deve ser vinculada à qualidade do conteúdo educativo a ser inserido no
jogo, e à contextualização desse conteúdo.
Huizinga refere o jogo sendo:
“O jogo é mais do que um fenômeno
fisiológico ou um reflexo psicológico. Ultrapassa os limites da atividade puramente
física ou biológica. (...) No jogo, existe alguma coisa “em jogo” que
transcende as necessidades imediatas da vida e confere um sentido à ação.” [3,
p. 4].
Os jogos online educativos
proporcionam um entretenimento para as crianças no seu lazer ou também no seu
ambiente educacional.
O bom de trabalhar com jogos
online educativos, é que se tornam um complemento e apoio no trabalho escolar,
deixando de ser repetitivos, por proporcionar variedades em jogos com apenas um
conteúdo.
Os jogos educativos online são
mais um recurso pedagógico que possibilita fugir do tradicional tornando as
aulas mais dinâmicas e lúdicas. Buscando o social, alguns jogos também
proporcionam os momentos em que os alunos precisam jogar juntos, aprendendo a
dividir e compartilhar seus conhecimentos e aumentando a auto-estima, deixando
o egocentrismo de lado.
Em muitos aspectos, os jogos
eletrônicos possibilitam um melhor ambiente de aprendizado. Os jogos permitem
um ajuste de nível de dificuldade conforme as habilidades do jogador, provêem
aos jogadores um feedback claro e imediato, e dá aos jogadores escolhas e
controle sobre suas ações. Também despertam a fantasia e a curiosidade, além de
oportunidades para colaborar, competir, ou socializar-se com os outros
jogadores.
A atração e motivação para jogos
online e aplicativos são essenciais para os chamados nativos digitais onde já
nascem com a tecnologia dentro de casa, na maioria dos casos.
Portanto, essas crianças preferem
tentar e errar a perder tempo lendo manuais e regras, conseguem interagir com
vários recursos ao mesmo tempo, enquanto espera o jogo carregar, conversam com
alguém ou realizam outra tarefa. E são crianças que sempre vêem a internet e a
tecnologia como algo positivo para oferecer.
Além disso, Pereira (2007)
concluiu que em uma comunidade de jogadores, a aprendizagem ocorre como “parte
integrante do divertimento que resulta do processo de jogar” (p. 56). Isso faz
com que os alunos passem a encarar a aprendizagem realizada através do jogo
como algo natural, diferente do que ocorre com o ambiente escolar, onde a mesma
ocorre através de um domínio artificial imposto. Os jogadores desenvolvem e
praticam as habilidades necessárias para manter esse conhecimento adquirido, e
a forma como ele foi adquirido, pela vida a fora.
Tornando a aprendizagem sem achar
chato ou ter que decorar, tirando a repetição, apoiando e complementando o
ambiente educacional; esses são alguns dos princípios dos jogos online
educativos.
A Educação a Distância (EAD) é um
grande motivador do crescimento dos jogos de aprendizagem. A adoção dos jogos
em EAD caminha paralela à adoção de tecnologia no ensino.
Para Tizuko Morchida Kishimoto,
coordenadora do Laboratório de Brinquedos e Materiais Pedagógicos da Faculdade
de Educação da Universidade de São Paulo, “todo processo de inovação requer
tempo de crítica e de amadurecimento para que os suportes de ensino sejam
incorporados aos existentes”.
Nos anos inicias enquanto estão
na educação infantil é importante desenvolver com as crianças nas salas de
informática os conhecimentos dos acessórios que fazem parte da estrutura do
computador.
E que com essa aprendizagem os
alunos já possam utilizar o mouse e o teclado, com o intuito de desenvolver a
coordenação motora através dos jogos e assim desenvolvendo também suas
habilidades para a alfabetização.
Quando iniciarem no ensino
fundamental, essas crianças já conseguirão ver, escrever e ler sobre os jogos
que vão se tornando mais difíceis de acordo com a faixa etária. Sempre
lembrando que precisam de intervenções em relação aos jogos, fazendo as
correções e explicações coerentes para que o dinâmico não perca sua essência.
Especialista em jogos de
aprendizagem identifica várias maneiras como os jogos podem promover o
aprendizado: Eles possuem a habilidade de criar um contexto social entre os
jogadores, podem acomodar uma variedade de modalidades de aprendizado, favorece
um maior engajamento da criança através da imersão, e encoraja os estudantes a
adquirirem riscos intelectuais sem grandes medos de fracasso, um conceito que
pode ser visto como uma antítese direta dos atuais modelos educacionais
baseados em testes de avaliação.
James Paul Gee argumenta que o
aprendizado apoiado pelos jogos de computador pode trocar o modelo tradicional
de ensino - onde os professores falam e os estudantes tomam nota - por jogos
nos quais os estudantes são consumidores ativos e engajados em simulações que
literalmente permitam que eles interajam e manipulem mundos virtuais.
Os jogos precisam ser criados com
adaptação para as faixas etárias. É preciso estudar as relações de cores,
tamanhos e muito mais. “Um jogo com uma tela infestada com muitos objetos, só
faz com que a criança se aborreça”, diz o professor Paulo Vasconcelos, da
Universidade Anhembi Morumbi UNIVERSIA.
Já há uma vasta gama de softwares
de jogos educativos à disposição no mercado, os quais têm sido utilizados tanto
pelos pais, em casa, quanto por algumas escolas em seus laboratórios.
Iniciativas escolares de uso de softwares de simulação em sala de aula, como
apoio ao conteúdo ensinado pelos professores, também estão se tornando uma
prática bem difundida.
A Educação é uma ciência, e
educar bem é uma arte. O simples uso de novas ferramentas não significa
necessariamente que se conseguirá evitar as falhas comuns no ensino dos conteúdos
educativos, pois o estado de excelência na construção de qualquer ferramenta é
difícil de atingir. O professor terá sempre de estar muito atento para corrigir
eventuais lacunas no aprendizado dos alunos.
Percebe-se que as escolas estão
diante de uma nova geração de alunos, com necessidades educativas diferentes da
realidade. Por esse motivo, os jogos merecem uma atenção especial dos
educadores, incluindo todos num ambiente prazeroso.
Os jogos educativos online, são
ferramentas importantes no dia a dia escolar, pois enquanto os alunos jogam,
automaticamente efetivam a aprendizagem esperada. Percebemos que os mesmos
jogam com entusiasmo, estímulo e diversão, tornando as aulas mais dinâmicas e
prazerosas.
Tivemos este ano um resultado bem
interessante, pois a professora da sala estava trabalhando nas aulas de
português: singular e plural, e pediu que a professora da sala de informática,
reforçasse o conteúdo com jogos educativos.
Estes foram trabalhados durante
algumas aulas para fixar ainda mais o conteúdo desenvolvido em sala.
Os alunos sentiam prazer em
jogar, pois a cada palavra que surgia para colocar no plural e acertavam,
ficavam satisfeitos e contentes em saber que estavam aprendendo mais um
conteúdo proposto.
Liliana Jorge Drubi Taha -
Colina - SP.
REFERÊNCIAS
DICAS para as crianças e jovens na internet. Site
Portal da Família. Disponível em:
www.portaldafamilia.org/artigos/artigo054.shtml
GAMELEARNING.
Aleks KROTOSKI. Game for Learning.TechnologyReview. Disponível em: www.technologyreview.com
PEREIRA, L.M.G., Os Videojogos na Aprendizagem:
estudo sobre as preferências dos alunos do 9º Ano e sobre as perspectivas das
editoras, In Instituto de Educação e Psicologia. 2007, Universidade do Minho:
Braga. p. 205.
TECNOLOGIA. Disponível em:
http://www.educacaoetecnologia.org.br/?p=6098. Acesso 18 dez. 2014.
UIZINGA, J., Homo ludeus: o jogo como elemento da
cultura . 2001, São Paulo: Perspectiva.
UNIVERSIA. Renata AQUINO. Jogos de aprendizagem no
Brasil. Universia Brasil. Disponível em:
www.universiabrasil.net/materia/materia.jsp?materia=5950