INCLUSÃO DIGITAL: Mera Opção ou Questão de Precisão?
Para antecipar nosso
posicionamento frente ao tema “Inclusão Digital”, achamos pertinente iniciar o
presente registrando como é considerado tal termo atualmente. E começamos,
ancorados em Montana, pontuando que, conceituar Inclusão Digital de forma
definitiva, conclusiva, seria uma temeridade por parte de qualquer estudioso do
assunto. Para nos acercarmos de uma definição o mais próxima da ideal, é
preciso refletir sobre variados aspectos que envolvem a inclusão digital,
aspectos esses que vão facilitar a realização da mesma.
“A Internet e a
Inclusão Digital”, de Paulo Roberto Montanaro, veio nos dar suporte pra que
repensemos idéias em nós já estabelecidas, conceitos já instaurados e, com
isso, veio, ainda, tornar mais claras
possibilidades que nos conduzam a pareceres mais completos sobre o tema.
Segundo esse autor, oferecer espaço e computadores para uso das comunidades,
por si só, não garantirão aos usuários sua inclusão digital. Para tanto, se faz
necessário, ainda, possibilitar, por meio de estrutura e treinamento, o acesso
das pessoas a computadores ligadas uns aos outros e à rede mundial. E afirma
ainda, Montanaro que “a inclusão digital é parte de algo maior, é parte de uma
inclusão social”.
E em assim sendo,
realça como pedra de toque para tal Inclusão, a Educação. E citar Educação é
convocar a gestão educacional; e alertar para a inclusão digital é arregimentar
educadores e toda a comunidade escolar para que num trabalho colaborativo,
cooperativo, possibilitem facilitar a obtenção de resultados positivos nessa
missão de amenizar o atual clima de exclusão social (digital) em todos os aspectos.
Nesse processo de Inclusão, ao gestor
educacional cumpre um papel de singular relevância quando na direção de debates
e reflexões entre os pares e junto à comunidade escolar sobre a
imprescindibilidade de nos aproximarmos das novas Tics para que não se
permaneça às margens de atuais eventos essenciais para uma vivência mais
adequada ao tempo presente.
Assim, gestor
educacional deverá estar assumindo a liderança no debate da comunidade escolar
para que se encontrem caminhos de inserção às novas tecnologias digitais em
processos de ensino e aprendizagens de forma contextualizada e garantida na
aplicação do Projeto Político Pedagógico da escola.
É necessário, numa ação democrática de
fato, trabalhar para que todos se beneficiem com as novas Tecnologias de
Informação e Comunicação e que tenham por certo a conquista de possibilidades
para produção de informação e conhecimento na Internet, espaço este, onde todos
sejam protagonistas no processo.
Nossa Unidade Escolar,
conta com uma equipe de professores, em que alguns já dominam a informática;
preparando atividades, aulas, jogos, enquanto que outros professores, agora que
começaram a passar perto do computador. Como temos professor de informática na
escola, nos H.T.P.C.( Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo), todos vão para o
laboratório de informática, para esclarecer dúvidas, preparar atividades. É um
momento de troca de conhecimentos, e está sendo muito proveitoso, pois estamos
possibilitando a inserção das tecnologias digitais.
Pois, Inclusão Digital
não é modismo, não é estilo, não é preferência. É uma necessidade. É pela
precisão de se estar contextualizado no momento histórico em que vivemos que
não mais será possível ficarmos confortáveis na posição de analfabetos
digitais. Doutor Ronaldo Caiado, eleito Senador de Goiás, numa entrevista na
televisão, usou uma expressão popular muito presente entre os goianos que diz:
“queixada fora do bando vira comida de onça”. E essa colocação se encaixa
perfeitamente na situação do excluído digital. Não haverá mais condições para
que um não incluído digitalmente possa conviver plenamente com todos os fatos
da contemporaneidade, possa compartilhar da história da evolução da humanidade
como ator da saga e não apenas como mero espectador das mudanças que
rapidamente têm ocorrido.
E na esteira das
transformações pelas quais passa a sociedade, principalmente no que tange às
novas tecnologias da Informação e Comunicação, não é permitido à gestão
educacional, ficar alheia ao quadro que se nos apresenta. E os gestores não
poderão consentir que a Educação ignore seu imprescindível papel de articulador
de procedimentos direcionados, de ações concretas para que a Inclusão Digital
verdadeiramente aconteça.
Referências
Bibliográficas:
-A WEB 2.0 E os
Paradigmas da Participação; de Paulo Roberto Montanaro,
-A Internet e a
Inclusão Digital; de Paulo Roberto Montanaro,
-Conhecendo Esse Tal
Computador; de Paulo Roberto Montanaro.
Liliana Jorge Dubi Taha. Colina. S.P.
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